“Para os seus verdadeiros torcedores, o que vale é o caráter superior que inspirou a sua fundação e que está presente na alma de cada banguense.”

sábado, 25 de junho de 2016

Há 60 anos, 3 craques do Bangu disputavam uma partida oficial pela Seleção Brasileira, no Maracanã

Somente aqueles desprovidos de qualquer visão, podem gritar por aí que “o passado não interessa”, que “o que realmente importa é o que acontece agora”, que “o torcedor banguense vive somente de lembranças do passado” e outras coisas com a mesma conotação. No entanto o que eles esquecem, por lhes faltar uma mais ampla visão das coisas, é que quando divulgamos os feitos do Bangu Atlético Clube no passado, não o fazemos com o viés do saudosismo barato, senão para demonstrar que a marca BANGU, no futebol, já teve sua força e que o fato de “hoje vivemos em outros tempos” não anula as possibilidades de que essa força seja readquirida. Ao contrário, hoje as ferramentas tecnológicas, os sistemas organizacionais e a legislação relativas ao futebol, permitem que um clube atuante nesse esporte, principalmente os que têm forte tradição, serem fortes e prósperos.

Se quiserem um bom exemplo, temos a Associação Chapecoense de Futebol, clube do interior de Santa Catarina que hoje está na primeira divisão do futebol brasileiro. O clube catarinense, tendo somente pouco mais de 43 anos de existência, já é uma realidade dentro do futebol brasileiro e caminha a passos largos para se tornar uma força exponencial no nosso futebol. Com muito trabalho, empreendedorismo, disciplina e um excelente sistema organizacional, a Chape, como é chamada pelos seus torcedores, pode ser orgulhar de possuir uma Infraestrutura de excelência. 

A Arena Índio Condá, cuja conclusão das fases de construção previstas ocorreu em abril de 2014, é um excelente e moderno estádio de futebol, que pode receber com conforto e segurança até 22 mil espectadores e tendo em seu interior um Centro Comercial. O Centro de Treinamento da Água Amarela, com 4 campos de futebol (três com dimensões oficiais), academia, cinco vestiários, sala de massagem, sala de fisioterapia, rouparia e cozinha, teve sua primeira etapa inaugurada em outubro de 2014; está construído em uma área total de 83 mil m². Na próxima etapa está prevista a ampliação do CT com a construção dos alojamentos para as categorias de base.

Mas por que estou eu falando dessa forma sobre a Chapecoense ao invés de falar sobre o Bangu? A resposta é: O clube de Santa Catarina é um excelente exemplo, enquanto o Bangu, nos últimos 25 anos só nos tem envergonhado, salvo uma ou outra alegria, acontecidas ao acaso.

Exposto esse pensamento, que considero próprio para a reflexão de quem o possa lê, falemos, então, dessa força que o Bangu tinha e que foi se esvaindo com o tempo.

Ontem, 24 de junho de 2016, foram passados exatos 60 anos da primeira partida da Seleção Brasileira na disputa da primeira edição da Taça do Atlântico, disputada entre Argentina, Brasil e Uruguai. Nesse jogo inaugural o Brasil venceu a Seleção Uruguaia no Maracanã, pelo placar de 2 x 0, iniciando sua caminhada para a conquista do título dessa competição.


Em pé: Djalma Santos, Veludo, Édson, Zózimo, Formiga e Hélio; Agacha-dos: Pastinha (massagista), Canário, Hilton Vaccari, Leônidas, Zizinho e Ferreira.
Para os brasileiros, em geral, foi mais uma das muitas partidas do seu “scratch”, como se dizia na época, mais exatamente a 203ª. Mas, especificamente, para os torcedores banguenses esse jogo teve e ainda tem um caráter todo especial, pois na foto da equipe, no gramado de um Maracanã lotado identificamos três, sim, três jogadores do Bangu AC: Zózimo Alves Calazans (Zózimo), Hilton Celestino Vaccari (Hilton Vaccari) e Thomaz Soares da Silva (Zizinho). Essa formação se repetiu em outros jogos da Seleção em 1956, mas sempre com o Vaccari entrando em substituição a um outro jogador.

Talvez tenha sido a única vez na história (com a palavra o Carlos Molinari) em que um trio de jogadores banguenses tenha aparecido na foto de uma Seleção Brasileira principal. 

Para completar esse quadro, o massagista a serviço da Seleção Brasileira, que aparece na foto (agachado), é o massagista, na época, do Bangu AC, o conhecidíssimo Pastinha. 

Outro fato, que diz respeito ao Bangu, com referência a essa Seleção Brasileira, é a possibilidade do lateral esquerdo banguense, Nilton dos Santos, ter feito parte desse elenco. No livro “Antes de Ser Campeão”, de Sylvio Pacheco (Editora Vermelho Marinho – Rio de Janeiro – 2015), o autor relata: “...e finalmenete a relação dos jogadores para a partida da Copa do Atlântico frente ao Uruguai. Os convocados foram: Veludo, Édson , Hélio, Djalma Santos, Zózimo, Formiga, Canário, Hilton Vaccari, Leônidas, Zizinho, Ferreira, Paulinos, do Atlético Mineiro, Nilton, do Bangu, Cabeção, De Sordi, Paulinho, do Vasco, Décio, Nilton Santos, Maurinho, Álvaro, Didi e Pepe”. Também o Décio que aparece na relação dos convocados pode ser o Décio Esteves, também do Bangu. Na foto abaixo podem ser vistos Hilton Vaccari, Zizinho e Décio Esteves, com o uniforme dos reservas - Hilton Vaccari e Décio Esteves e com o uniforme dos titulares – Zizinho (com a palavra, novamente, o Carlos Molinari). 


A ficha do Jogo:

Competição: 1ª Taça do Atlântico
Data: 24 de Junho de 1956
Local: Estádio do Maracanã
Público: Não foi divulgadoÁrbitro: Frederico Lopes (Brasil) 
Seleção Brasileira: Veludo, Djalma Santos e Édson II,; Formiga, Zózimo e Hélio; Canário, Hilton Vaccari, leônidas, Zizinho e Ferreira.
Seleção Uruguaia: Macieiras, Martinez (Davoine) e Santa Maia; Andrade, Carranza e Leopardi; Abadie, Ambrois (Ramos), Miguez, Sasía e Escalada.
Gols: Zizinho e Canário
Expulsões: Miguez, Carranza, Davoine, Ramos e Escalada (Uruguai).

Na segunda partida pela Taça do Atlântico, a Argentina venceu o Uruguai por 2 x 1, em Montevideo. Na terceira partida, Argentina e Brasil ficaram no 0 x 0, em Buenos Aires. Brasil e Argentina terminaram empatados com 3 pontos ganhos (naquela época a vitória valia somente 2 pontos), mas no saldo de gol o Brasil levou o título da Taça.

Os craques do Bangu nessa partida:


Zózimo Alves Calazans (Zózimo)
Nascimento: 19/6/1932 / Falecimento: 21/9/1977
Primeira partida pelo Bangu: Bangu 2 x 3 Oriente (7/5/1952)
Última partida pelo Bangu: Bangu 1 x 3 Fluminense (8/12/1963)
Posição: Meia campo / zagueiro
Histórico em jogos pelo Bangu: Nas 466 partidas disputadas, com 154 vitórias, 101 empates e 110 derrotas, marcou 28 gols e foi expulso 1 vez.


Hilton Celestino Vaccari (Hilton Vaccari)
Nascimento: 25/10/1934
Primeira partida pelo Bangu: Bangu 2 x 4 Rapid Wien (31/3/1954)
Última partida pelo Bangu: Bangu 1 x 1 América (28/9/1957)
Posição: Atacante
Histórico em jogos pelo Bangu: Nas 118 partidas disputadas, com 64 vitórias, 25 empates e 29 derrotas, marcou 61 gols e foi expulso 3 vezes.


Thomaz Soares da Silva (Zizinho)
Nascimento: 14/9/1921 / Falecimento: 8/2/2002
Primeira partida pelo Bangu: Bangu 1 x 3 Flamengo (23/7/1950)
Última partida pelo Bangu: Bangu 4 x 2 CSA (3/2/1961)
Posição: Meia atacante
Histórico em jogos pelo Bangu: Nas 275 partidas disputadas, com 154 vitórias, 54 empates e 67 derrotas, marcou 123 gols e foi expulso 5 vezes.

Fontes: Bangu.NET / Brasilian National Team – All Matches / Wikipédia / Livro "Antes de ser Campeão"

Crédito das Fotos: Bangu.NET / Grêmio Literário José Mauro de Vasconcelos / Brasilian National Team – All Matches 

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Há 75 anos o Bangu vencia o São Cristóvão por 4 x 3, em um jogo muito especial para um certo paraguaio

Há exatos 75 anos, em 22 de junho de 1941, o Bangu vencia o São Cristóvão por 4 x 3 no Estádio da Rua Figueira de Melo, pela 8ª rodada do Campeonato Carioca daquele ano, diante de 1.281 espectadores.

Um resultado normal para o que apresentavam os dois times naquela temporada, na qual o Bangu terminou o Campeonato na sexta colocação, atrás dos quatro grandes e do Madureira (5º colocado). 

No entanto para um jogador esse jogo foi especial e a vitória teve um doce sabor. O center-half (hoje chamado de volante) Munt (Pedro Aurélio Munt), um paraguaio de 32 anos, nesse jogo marcou um dos 4 gols (os outros foram marcados por Antonio (2) e Lula) da vitória banguense, gol esse que foi o único marcado nos 28 jogos em que atuou pelo alvirrubro.

Munt com a camisa do Atlanta da Argentina

Munt nasceu em 02 de dezembro de 1909 na cidade Paraguaia de Ypacaraí, famosa pelo seu lago e que onze anos depois seria imortalizada pela canção "Recuerdos de Ypacaraí" (música de Demetrio Ortiz / letra de Zulema de Mirkin). 

O meio campista iniciou sua carreira no time do Presidente Hayes, do Paraguai, tendo passado depois pelo times argentinos do Atlanta, Boca Juniors e Estudiantes de La Plata, antes de vir para o Brasil, em 1937, para jogar pelo América FC carioca. No ano seguinte se transferiu para o EC Bahia, de Salvador, onde atuou em 1938, ano em que foi campeão baiano, e 1939. Em 1941 veio para o Bangu onde disputou o Campeonato Carioca. Depois foi para o “Ferrinho” (Ferroviário AC – CE) onde encerrou a carreira de jogador e iniciou a de técnico. Treinou ainda o Clube Náutico Capibaribe, de Recife – PE).

Fonte: Bangu.NET / Blog Bahêa na História

sábado, 18 de junho de 2016

Sub 20: Bangu é goleado pelo Vasco e fica cada vez mais longe do G4 da Taça Rio

O Time Sub 20 do Bangu está indo mal nessas últimas rodadas da Taça Rio. Hoje foi goleado pelo Vasco por 4 x 0 e está cada vez mais longe da classificação para as semi finais.

Os dois últimos jogos do alvirrubro serão em Moça Bonita (contra o Macaé no dia 25 de junho e contra o Boavista no dia 2 de julho) e o único resultado que interessa nesses jogos é a vitória. 

Mesmo vencendo os dois últimos jogos, o Bangu para se classificar dependerá de uma combinação, muito pouco provável, de resultados.

Mas não podemos desanimar. Continuaremos a prestigiar a garotada do Sub 20 até a última rodada da competição.

AVANTE BANGU !



sexta-feira, 17 de junho de 2016

O aniversário de 81 anos de Nilton dos Santos, o segundo jogador que mais atuou pelo Bangu AC

Nilton dos Santos, um dos mais importantes e talentosos jogadores que já atuaram pelo Bangu Atlético Clube, nasceu em Caxambu (MG)*, no dia 16 de junho de 1935. Está completando hoje 81 anos de idade.

Nilton foi o segundo jogador que mais atuou pelo Bangu. Foram 509 jogos como profissional, com 276 vitórias, 123 empates e 110 derrotas, nos quase 12 anos em que vestiu a camisa banguense.
 
O grande craque banguense Nilton dos Santos, tratando a bola com todo carinho

Tendo começado a jogar futebol no Fluminense de Caxambu (MG), chegou ao Bangu em 1951, com 16 anos, e começou atuando na equipe juvenil, tendo sido Campeão Carioca da categoria em 1952. Em 1953, com 18 anos, porém ainda amador, ganhou uma vaga no meio de campo do time titular. Sua estréia foi no Dia 2 de agosto de 1953 em um jogo em que o Bangu foi derrotado pela Portuguesa (RJ).

Nilton dos Santos, que tive o prazer de ver jogar, já na lateral esquerda, era um jogador talentoso, eficiente e voluntarioso, porém marcar gols não era o seu forte, tanto que nos 509 jogos pelo Bangu só marcou 4 gols. No entanto foi um jogador que conviveu com a vitória: Na média, venceu 11 em cada 20 jogos com a camisa alvirrubra e somente perdeu 1 em cada 5. Todas essas vitórias lhe trouxeram muitos títulos pelo Bangu, sendo que o mais importante de todos foi o de Campeão Mundial de Clubes, em 1960, conquistado em Nova Iorque na disputa da “International Soccer League”.

Os títulos de Nilton dos Santos pelo Bangu AC, foram:

1955 – Torneio Início do Campeonato Carioca
1957 – Torneio Quadrangular Internacional do Equador
1957 – Torneio Quadrangular do Rio de Janeiro (DF)
1957 – Torneio Triangular de Porto Alegre (RS)
1958 – Torneio Quadrangular Internacional da Venezuela
1958 – Torneio Triangular Internacional de Luxemburgo
1959 – Torneio Quadrangular Internacional da Costa Rica
1960 – Campeonato Mundial de Clubes / Nova Iorque (International Soccer League)
1961 – Torneio Triangular Internacional da Áustria
1961 – Torneio Quadrangular do Recife (PE)
1962 – Torneio Quadrangular – Belém (PA)
1962 – Torneio Quadrangular Internacional do Equador
1964 – Torneio Início do Campeonato Carioca

Esteve muito perto de ser Campeão Carioca (na época, sonho de qualquer grande jogador) em 1963 e 1964 e infelizmente deixou o Bangu antes da tão sonhada conquista, em 1966.

em Belo Horizonte

Parabéns Nilton dos Santos, pelos 81 anos. Os torcedores do Bangu lhe agradecem por você ter sempre honrado e dignificado a venerável camisa alvirrubra.

* Não tenho certeza de que Nilton dos Santos tenha nascido em Caxambu (MG), mas como há certeza de que ele, adolescente, jogava em um clube dessa cidade mineira, deduzimos que ele lá tenha nascido.


Fonte: Bangu.NET / Wikipédia

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Há 60 anos, em um jogo com 8 gols, o Bangu empatava com o Bonsucesso

Foi apenas uma partida amistosa do Bangu e contra um time classificado como “pequeno”. Aparentemente apenas o placar de 4 x 4, não muito comum, além de ser uma recordação de acontecimento por múltiplos de décadas (nesse caso seis décadas), poderia suscitar algum interesse pelo evento. No entanto, aquele que se decidir pela leitura completa desse texto, poderá observar que há componentes interessantes na história desse jogo e no contexto em que ele se situa.

De 1950 á 1956 o Campeonato Carioca passou a ser disputado por temporada (como acontece hoje em quase todos os países do mundo), provavelmente devido à realização da Copa do Mundo no Brasil. Então, nesse período, tivemos as temporadas 1950/1951, 1951/1921, 1952/ 1953, 1953/1954. 1954/1955 e 1955/1956.

No início do ano jogavam-se as partidas restantes do Campeonato que começara no ano anterior. Depois havia um período de descanso para os jogadores e a reapresentação para a nova temporada. Até o Torneio Início, que era disputado no final do primeiro semestre ou no início do segundo, havia um período de mais ou menos dois meses em que os clubes participavam de jogos amistosos, em excursões nacionais ou internacionais ou ainda amistosos locais (na cidade do Rio de Janeiro ou nos municípios do antigo Estado do Rio de Janeiro). O torneio Início era disputado em um só dia e logo no final de semana seguinte iniciava-se a primeira rodada da nova temporada.

Em 1956 o Bangu encerrou a temporada 1955/1956 vencendo o mesmo Bonsucesso, por 3 x 0, no dia 17 de março. Vinte e três dias iniciou uma excursão (de 9 a 22 de abril) pelas cidades de Volta Redonda (RJ) – onde enfrentou e venceu o Atlético Mineiro (4 x 0) – Ilhéus (BA), onde enfrentou e venceu o Grêmio Itabunense (7 x 0) e o Selecionado de Ilhéus (1 x 0), conquistando a Taça Ariston Cardoso.

Voltando ao Rio de Janeiro, o alvirrubro completou um período de 42 dias em recesso. Voltou à campo em 3 de junho e Santos (SP), para enfrentar e empatar em 2 x 2 com o Jabaquara.

 De volta à Cidade Maravilhosa, o Bangu iniciou uma outra série de amistosos, agora locais, tendo em10 de junho enfrentado e goleado o Comercial – RJ, por 5 x 0, em jogo amistoso. No fim de semana seguinte, aí sim, tivemos o jogo amistoso que dá título a essa postagem.

Resumo do Jogo:

Sábado, 16 de junho de 1956
Local: Estádio da Rua Teixeira de Castro (RJ)
Placar: Bonsucesso 4 x 4 Bangu
Árbitro: Reinaldo Serra
Equipe do Bangu: Ubirajara Motta, Décio Esteves, Ladeira, Haroldo, Alvarenga e Darci Faria; Dorival, Grilo, Ubaldo Miranda, Mário e Nívio.
Técnico: Elba de Pádua Lima (Tim).
Gols: 1º tempo  Nilo (cobrando pênalti) e Valdemar; 2º tempo – Ubaldo Miranda, Grilo, Mário, Nilo, Grilo e Valdemar.

Observando os goleadores do Bangu nesse jogo, podemos destacar alguns detalhes sobre eles.

Ubaldo Miranda:
Marcou o primeiro gol do Bangu nesse jogo. Em toda sua história o alvirrubro carioca somente teve três jogadores com os nomes iniciados pela letra U: Dois se chamavam Ubirajara, o famoso goleiro Ubirajara Motta e o atacante Ubirajara Pereira de Araújo. O terceiro era o atacante Ubaldo Miranda. Ubaldo, vindo do Atlético Mineiro para o Bangu, em 1955, jogou pela equipe carioca até 1958, tendo atuado em 73 partidas (com 42 vitórias, 18 empates e 13 derrotas). Marcou 33 gols nesses jogos (uma média próxima de 1 gol a cada 2 jogos).

Mário da Paixão Mendes (Mário)

Mário (Mário da Paixão Mendes):
Marcou o terceiro gol do Bangu nesse jogo. Vindo das categorias de base do próprio Clube, onde foi Campeão Juvenil em 1953, foi profissionalizado em 1954 com o aval do técnico Tim e jogou pela equipe carioca até 1958, tendo atuado em 107 partidas (com 58 vitórias, 27 empates e 22 derrotas). Marcou 60 gols nesses jogos (uma média próxima de 3 gols a cada 5 jogos).

Grilo (Nilton Gonçalves dos Santos):
Marcou o segundo e o quarto gol do Bangu nesse jogo. Vindo do Santos para o Bangu, em 1955, jogou pela equipe carioca até 1957, tendo atuado em somente 18 partidas (com 12 vitórias, 1 empate e 5 derrotas). Marcou apenas 7 gols nesses jogos, (uma média próxima de 2 gol a cada 5 jogos).

Duas semanas e meia depois, no dia 4 de julho, em outra partida amistosa, o Bangu enfrentava a Seleção Brasileira que iniciava sua preparação para o Campeonato Sulamericano de Seleções (atual Copa América) de 1957 e para as eliminatórias da Copa do Mundo de 1958, que seriam disputadas logo depois do Sulamericano. A Seleção Brasileira venceu por 3 x 2.

Dias depois, o Bangu viajava para Salvador (BA) para disputar duas partidas amistosas em apenas dois dias, no Estádio da Fonte Nova. Na primeira, derrotou o Botafogo – BA por 4 x2, no dia 13 de julho. Na segunda, foi derrotado pelo Vitória – BA por 2 x 1), no dia 14 de julho.

Como o Torneio Início seria realizado no dia seguinte (15 de julho) o Bangu atuou nessa competição com uma equipe formada por jogadores reservas.

Para o bom observador não passará desapercebido que o Bangu Atlético Clube jogava continuamente, tanto disputando o Campeonato Carioca, como jogando partidas amistosas, panorama muito diferente do atual.

Fontes: Bangu.NET / Wikipédia

sábado, 11 de junho de 2016

Há 105 anos Castor marcava 3 gols e o Bangu goleava o Guarany (RJ) pelo Campeonato Carioca da 2ª Divisão

Há exatos 105 anos, no domingo, dia 11 de junho de 1911, o Bangu derrotava o Guarany (não confundir com o Guarani FC, do município de Magé, que foi fundado somente em 1913, coincidentemente por operários de uma fábrica têxtil) pelo placar de 6 x 0 em jogo válido pelo Campeonato Carioca da 2ª Divisão, realizado no Estádio da Rua Ferrer.
O Sr. Castor da Silva Reis é o segundo em pé (da esquerda para a direita)

A grande sensação desse jogo foi o atacante Castor (Castor da Silva Reis), que balançou por três vezes as redes do Guarany. Os demais gols foram marcados por Loth (2) e Orlando. O Bangu atuou e venceu com a seguinte formação: Raison, Chiquinho e Antônio Carregal; Arlindo, Roldão Maia e Edgar Calvert; John Hellowell, Orlando, Loth, Castor e Eugênio. 

Castor da Silva Reis atuou pelo Bangu em 47 jogos, entre 1911 e 1915. Foi um bom atacante que marcou 21 gols nessas partidas (média de quase 1 gol a cada dois jogos). Jogando pelo alvirrubro foi Campeão Carioca da 2ª Divisão em 1911 e 1914. Em 1922 o ex atacante iniciou uma nova etapa no Bangu AC; passou a fazer parte da diretoria do Clube, que  tinha James Schofield como presidente, José Villas Boas como seu seu vice, Guilherme Pastor e Vicente Jaconiani como secretários e ele, Castor da Silva Reis, como tesoureiro.
Time do Bangu AC, Campeão Carioca da 2ª Divisão em 1911

Em 1911 o Bangu conquistou o título de Campeão Carioca da 2ª divisão, ao empatar com o São Cristóvão em 1 x 1, na última partida do certame, no dia 22 de outubro daquele ano. Também conquistou o título de Campeão da Taça João Ferrer ao vencer com o Brasil AC por 3 x 0, na última partida do torneio.

Esse foi o primeiro Castor importante para o Bangu. O segundo somente viria 52 anos depois.

Fonte: Bangu.NET e História do Futebol

domingo, 5 de junho de 2016

Dois anos da Inauguração da estátua do verdadeiro "Pai do Futebol Brasileiro"

Há exatos dois anos, no dia 5 de maio de 2014, foi inaugurada a estátua do escocês Thomas Donohoe, conhecido entre os operários da Fábrica Bangu, naquele final do século XIX, como Seu Danau.

A ideia de se construir e instalar uma monumento ao homem que, hoje já se pode confirmar através de documentos, organizou a primeira partida de futebol no Brasil (que foi na realidade o que chamamos de "pelada", mas não desmerece nem invalida o pioneirismo), foi do Sr. Benevenuto Rovere Neto (presidente do Grêmio Literário José Mauro de Vasconcelos), que levou o projeto ao cenógrafo Clécio Régis, banguense fervoroso, que em seu ateliê, em Bangu, estruturou e deu as formas definitivas ao monumento.


Carlos Molinari, que pesquisa com muita competência a história do Bangu Atlético Clube Bangu, teve um relevante papel nesse processo de revisão da história do futebol no Brasil. O pioneirismo de Donohoe sempre foi uma verdade para os banguenses, no entanto essa verdade não posia ser comprovada devido à inexistência de documentos comprobatórios. Porém, com a colaboração de historiadores escoceses, Molinari, enfim, obteve sucesso e reuniu documentos oficiais que comprovam o pioneirismo do escocês.


A estátua foi erguida em uma área externa do Bangu Shopping (que ocupa as edificações e as áreas da antiga fábrica Bangu), onde, provavelmente se realizou a partida de futebol histórica.


A solenidade de inauguração do monumento, que hoje completa dois anos, teve a participação da festiva torcida banguense, de ex jogadores do Bangu A C, de autoridades locais, de personalidades escocesas e da imprensa internacional.

Também tiveram valiosa participação nesse processo, o Professor Rogério Melo e a Sra. Júlia Rovere. 

Fonte de consulta: O Dia (on line)

sábado, 4 de junho de 2016

A poesia em um coração Banguense - 3

Moisés e o "mar vermelho"
.

Moisés, no comando do Bangu,
Venceu o Inter, no Beira Rio,
Silenciando o "mar" vermelho;
Que sururu!
. .
Eu, andando por Salvador,
Comia o acarajé de Dinha,
Em um largo no Rio Vermelho;
Que sabor!


* Salvador, BA, em 21 de julho de 1985, poucas horas depois do Bangu vencer o Internacional por 2 x 1, em Porto Alegre, e passar a ter grande possibilidade de ser finalista do Campeonato Brasileiro daquele ano.

** Na falta de uma melhor foto do Moisés, como técnico, inseri esta; ele ainda como jogador do Bangu.